quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Minha opinião não está baseada em regras religiosas ou no famoso "politicamente correto ou incorreto". Essas são minhas convicções éticas, apenas.

É um sofrimento para uma mulher que foi estuprada carregar o filho do estuprador, e depois criá-lo. Concordo.
Mas percebo que os pró-aborto focam nas necessidades das mulheres, apenas. E onde ficam as necessidades das crianças?
Crianças, sim. Não importa se em fase intrauterina ou extrauterina. Um espermatozoide é uma célula (um gameta, com meio genótipo). Um óvulo, também. Porém, juntos, formam um ser vivo, uma pessoa, um ser humano.

Existem as mães que abortam porque engravidaram de um estupro.
Existem aquelas que abortam por pura CONVENIÊNCIA; sendo casadas ou solteiras, sabem que a maternidade naquele momento atrapalhará sua vida profissional e/ou pessoal.

Em nenhum caso, contudo, a "culpa" é da criança que foi gerada. É monstruoso matar uma criança por ser um incômodo para a mãe, ou para ambos os pais. Coloco ênfase na mãe porque, na maioria dos casos de aborto voluntário, a palavra final é dela.

Não é decente desconsiderar o sofrimento de alguém que engravidou sem desejar (por violência ou por irresponsabilidade). Mas é muito mais indecente negar o direito mais básico de qualquer pessoa (até de criminosos hediondos), que é a vida, a uma criança, a um feto, a um embrião, a um zigoto: enfim, a um ser que é como TODOS NÓS um dia fomos.

Além do mais, a legislação nacional, muito sabiamente, permite que uma mãe que não queira criar seu filho possa entregá-lo à adoção (art. 13, § 1º, do Estatuto da Criança e do Adolescente), o que certamente é uma opção muito melhor do que a morte. Veja aqui.

Para quem alegar que eu sou contra o aborto porque não sou mulher, digo isso: sou homem, e sou marido, sou pai, sou filho. Conheço a importância da paternidade e da maternidade responsáveis; conheço o valor da vida. Sei que fazer um filho é fácil. Gerá-lo, não. Educá-lo, também não. Ser mãe ou pai não é para qualquer um (penso até que deveria haver um curso de habilitação para isso). "Interromper a gravidez" (um eufemismo que significa matar um zigoto/embrião/feto com substâncias tóxicas ou despedaçando-o através de intervenção mecânica) muitas vezes é a opção mais fácil, que evita despesas, vergonha, inconvenientes familiares, etc. Mas as opções mais fáceis costumam ser as mais erradas. É difícil agir de maneira correta, mas é indispensável para quem quer se considerar honrado.
Penso que nenhuma mãe de defensor do aborto era pró-aborto, ou essa discussão teria acabado antes mesmo de começar.

É tempo de a humanidade parar com os discursos liberais ou neoliberais e começar a respeitar a vida. É tempo de se iniciar, também, um controle de natalidade ético, sem assassinatos de nascituros, com medidas PREVENTIVAS por parte de homens e mulheres (já tão conhecidas por todos). Os humanos já não se multiplicam como animais: multiplicam-se como um vírus, que mata pouco a pouco seu hospedeiro, a Terra.
Visto que a humanidade carece de consciência em relação à sua taxa média de natalidade, cabe aos governos imporem um controle compulsório. É uma medida antipática, mas é muito mais benéfica do que esperar o derradeiro desastre.
Ou estanca-se agora o crescimento de nossa população, ou uma superguerra, motivada pela escassez de recursos como água potável e terras férteis, encarregar-se-á de resolver o problema da superpopulação. E da pior forma possível.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Maria que não foi com as outras
Maria que não foi pro mar
No dia dois de fevereiro
Maria não brincou na festa de Iemanjá
Não foi jogar água-de-cheiro
Nem flores pra sua orixá
Aí, Iemanjá pegou e levou
O moço de Maria para o mar