terça-feira, 13 de março de 2018

Samir aprendeu, com o passar dos anos, a sobreviver ao convívio social. Mas, às vezes, ele sente que isso não é suficiente.

Um dia desses, Samir foi visitar seu primo Rashid. Rashid tem uma banca no mercado da medina.
Como a esposa de Rashid mandou chamá-lo para atender a alguma urgência em casa, Samir ficou tomando conta da banca.
Foi então que Samir percebeu que estava como um náufrago, boiando em um oceano de gente, gente que falava, berrava, espirrava, tossia, cuspia, se esbarrava pelos becos do mercado, gente que brigava por alguma barganha difícil em uma banca próxima...

Quando voltou para casa, como um náufrago que é jogado na praia pelas ondas, Samir estava esgotado.

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