Samir não vive. Samir arrasta-se pela vida.
Desde que se fez adulto, após a época colegial, Samir sente que a vida ficou estranha. Ele sente que só teve empregos ruins, que só ganhou salários ruins, que só morou em casas ruins, em cidades ruins. E, ainda por cima, carrega a culpa de sentir que sua vida não é pior do que a da maioria das pessoas. Talvez seja até melhor.
Então, o que é essa insatisfação que não cessa? Fraqueza perante as vicissitudes da vida? "Sim... deve ser isso" - ele pensa frequentemente - "sou tão fraco... tão ridículo..."
Decepção é a palavra que define sua vida.
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