sexta-feira, 5 de julho de 2013

Estive pensando na moral do romance O Conde de Monte-Cristo, de Alexandre Dumas. É claro que a moral imediata é o prazer que a vingança proporciona; o prazer de ver aqueles que lhe fizeram um mal injusto sofrerem e serem destruídos pelo seu engenho. Mas além disso há outra lição, sutil, mas importante:

Edmond Dantés, o protagonista, vítima de golpes de canalhas que acaba condenado perpetuamente à prisão sendo inocente, após longos anos de torturas e isolamento carcerário, depara-se com um homem que emerge da parede de sua cela: o Abade Faria. Com ele aprende ciências, filosofia, línguas, nos vários anos que se seguem, nos quais ambos os prisioneiros, durante as aulas, sorrateiramente cavam um túnel através das rochas que formam as muralhas da penitenciária do Château d'If.
Por fim, Edmond acaba por escapar do cárcere sem ser pelo túnel inacabado, herdando de seu amigo uma grande fortuna que possibilitou a efetivação de seus planos.

A lição é que a vida, às vezes, oferece oportunidades que são difíceis de reconhecer por saírem do que concebemos em nossa mente. São oportunidades dissimuladas, camufladas de problemas. O truque é manter a mente aberta e atenta, encarando cada percalço, cada desastre, da melhor forma possível. A vida não é perfeita, nunca foi; poucas são as pessoas agraciadas com a felicidade verdadeira e contínua. Mas o que você fará? Desistirá?

Nenhum comentário:

Postar um comentário